12.09.2007

domingo, AABB de bike







9.14.2007

Policial Michele - formatura -01/09/2007




Aposto que meus irmãos irão lembrar: " O Policial - quem saberá o autor?
Há gente que nos criticam, só falam por malícia,
dizem que nossa polícia é parasita do estado.
Muitos estão enganados falando sem saber direito,
uns falam por despeito, outros por recalcados.
Ser policial é ser valente é ter coragem de sobra,
somos ferros que não dobra sempre estamos unidos.
Passamos dias doloridos horas negras de trabalho noites frias e atrapalhos
momentos tristes, comovidos.
o policial que é casado sua sorte pouco brilha nem ao filho,
nem a filha ele pode dar carícias.
faz tudo isso por malícia,
pois na cidade ou no morro há sempre um grito de socorro, chamando pela polícia.
mal entra de folga recebe logo um chamado
mas ele vive conformado na vida tudo toma sentido
muitos vezes tem se lido nas manchetes de jornais
morto um policial ao prender um foragido.
então a filhinha pergunta à sua mãe que sabe bem:
por que papai não vem, estou com saudades demais.
quero cantar em festa beijar a sua testa,
hoje, no dia dos policiais. sim filha querida,
hoje é dia dos policiais mas tu deves comprender ouça o que vou dizer,
ontem filha querida teu pai perdeu a vida cumprindo o seu dever.
os maldosos não comprendem a realidade que vivo
pois já explico o motivo que é muito natural.
dar valor á nossa missão reconhecer nossa razão,
é o lema do policial. ja expliquei a verdade sobre a vida de um policial
é uma história original,
não ofende a ninguém, vou explicar muito bem:
pois policial minha filha... é também
(mais ou menos isso, lá quando tinha meus 16 anos, declamei numa Brigada Militar no dia dos Policiais)

7.04.2007

classe média

MARCELO COELHO Cultura da explicação
Poderiam dedicar-se a pichações ou a depredar caixas eletrônicos. Só que seria pouco...
F ICO TENTANDO entender o que leva um grupo de delinqüentes de classe média a espancar, tarde da noite, uma mulher parada num ponto de ônibus, como aconteceu há poucos dias no Rio de Janeiro. Parece que faziam isso habitualmente; funcionários de um posto de gasolina contam tê-los visto mais de uma vez comemorando o sucesso de suas expedições.Fala-se em "intolerância": organizavam-se para atacar prostitutas. Só que desta vez atingiram uma empregada doméstica. Se o caso fosse "apenas" isso, uma mania de perseguir prostitutas, haveria sem dúvida uma linha de interpretação possível. Acho-a insuficiente, mas vamos ver até onde vai. Tudo poderia ser entendido como uma forma doentia de repressão sexual. Imagino que, há um século, certos assassinos famosos de prostitutas buscassem matar quem expusesse em público um desejo sexual de que tinham vergonha e que não conseguiam satisfazer. Ainda que evidentemente genérica, essa interpretação teria algum sentido em épocas remotas. Não tenho certeza se atualmente se vive uma era de total liberdade sexual entre os jovens, mas em todo caso a repressão não é, por certo, o forte do nosso sistema educativo. Mais provável, então, que a "intolerância" seja de outra natureza. O que a classe média brasileira não mais suporta -haja vista as iniciativas de controlar a mendicância em São Paulo- é o contato com gente pobre. Você mora num condomínio bem-cuidado, freqüenta um colégio particular, passeia num shopping center, e tudo vai às mil maravilhas. Só que existe a rua, o trânsito, o sinal vermelho, e quando você olha para o lado lá estão eles. À noite, parada na rua, uma mulher pode ser prostituta, mas pode estar apenas esperando um ônibus. Pouco importa: não é "tudo a mesma coisa"? Havia uma comunidade no orkut (devem ser contadas às centenas, mas não tenho estômago para procurar) chamada "Odeio pobre". O idealizador dessa pequena organização dava seus motivos: eles falam alto, o carro deles, no fim de semana, encrenca na estrada e atrapalha a nossa vida, eles se vestem mal, usam aqueles guarda-chuvas que não funcionam, não entendem o que a gente diz... Uma vez que não há perspectivas de ver o Brasil tornar-se um "país de primeiro mundo" pelos mecanismos normais do desenvolvimento econômico, começam a surgir sinais de fantasia genocida. A "limpeza" não se limitaria à remoção de favelas ou de bancos habitáveis nas praças públicas, mas precisa recorrer a medidas radicais, como incendiar mendigos ou, no mínimo, espancar quem não tiver a roupa certa, a cor certa, o carro certo. "Intolerância"? Não acho que seja este o termo. A questão não se resume, evidentemente, a "tolerar" os pobres (embora seja isso o que muita gente acaba defendendo). Já é sintoma de nossa patologia social falar no "respeito ao diferente" quando se pensa em proteger quem faz parte da maioria da população. Bem, mas eles pensavam que estavam atacando prostitutas. O motivo dessa escolha, entretanto, é certamente mais odioso do que o da pura "intolerância" com relação à atividade dessas mulheres. É que a prostituta não vai dar queixa na polícia. Seja como for, o ódio aos pobres não leva tanta gente assim a cometer a barbaridade que se viu na Barra da Tijuca. Será que esses "meninos", esses "garotos", esses "adolescentes" (quanta ilusão nessas palavras!) tiveram uma educação excessivamente liberal? Acostumaram-se à "cultura da impunidade" que predomina no país? Pode ser. Mas isso não explica tudo. Poderiam drogar-se sozinhos, dedicar-se a pichações, depredar caixas eletrônicos na calada da noite. Só que seria pouco. Tentando achar uma explicação para o caso, concluo que o erro está na minha própria pergunta. Fala-se muito na "cultura da impunidade", mas existe também uma "cultura da explicação". Para cada absurdo que acontece, há sempre um repórter pedindo explicações a algum especialista. Entrevistar os próprios delinqüentes não daria certo tampouco: ouviríamos aquele tipo de adolescentês desarticulado que se encontra em toda parte. Foi pra zoar, mó legal, foi só de sarro, sei lá, tá ligado? De tanto serem "explicados", de tanto que as pessoas se esforçam por entendê-los, é que nossos "jovens" acabam fazendo essas e outras proezas. Querem ser inexplicáveis; querem ser irracionais. Trata-se de um desejo bastante comum, aliás, na espécie humana. coelhofsp@uol.com.br

downsloads

http://www.bytekbytedownloads.blogspot.com/

7.02.2007

Níkolas - 13 anos!!!

Parabéns Níkolas!!!!!!
O livro é: Ataque do Comando P.Q. de Moacyr Scliar pra você
pegar o gosto pela leitura.
Obrigado a todos os amigos que estiveram aqui hoje,
um dia especial. 13 anos é um divisor, começa agora uma
outra vida.
Felicidades, meu filho.



7.01.2007

Grandes amigos indígenas! Saudades dessa gente.

Inverno de 2000. O dia em que minha digital foi sequestrada pelo
Cacique, mas depois de longas negociações envolvendo um cunhado do meu irmão Rui,
todos os recursos apelativos do outro irmão Jonas, minha torcida para o Cacique
não jogar a digital no rio e o verbo guarani por conta de meus amigos índios, conseguimos o resgate, uffa.
Férias. Futebol e melancia pra refrescar.





6.24.2007

Filmes para lembrar!

Casa Vazia ( chinês).
http://enquadramento.blogspot.com/2005/09/casa-vazia.html

- versão da solidão em grandes metrópolis.





O samurai do entardecer (japonês).

- princípios de um humilde porém fiel samurai.
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/samurai-do-entardecer/samurai-do-entardecer.asp

4.01.2007

Povos Indígenas do Brasil

http://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_brasileiros

"Todos tinham como características comuns a ausência de propriedade material, pois não se interessavam pelo acúmulo pessoal de riqueza; agrupavam-se em nações, tribos e aldeias, onde viviam em ocas; o conjunto de várias ocas formava uma aldeia, e o conjunto de aldeias uma nação. O trabalho era dividido segundo sexo e idade."

3.14.2007

Consumo consciente

Breves notas sobre o Consumo Consciente
Débora Nunes
1
Consumir é um dos atos mais naturais e mais antigos dos seres humanos, se entendermos o verbo
consumir como o ato de incorporar ao nosso corpo ou à nossa vida cotidiana, objetos e serviços que
vêm de fora de nós. Assim, vestir-se, por exemplo, é um ato de consumo de objeto usado desde os
mais remotos tempos do homo sapiens. Utilizar-se dos serviços de sábios, como os sacerdotes
egípcios ou os pajés de tribos indígenas brasileiras, por exemplo, também é um hábito de consumo
remotíssimo.
Nem sempre o ato de consumir esteve ligado ao pagamento monetário, mas, ao longo da história da
humanidade o consumo foi se diferenciando por categorias de poder e de riqueza dos indivíduos e
grupos humanos. Enquanto o conjunto dos membros dos povos mesopotâmicos ou pré-colombianos,
por exemplo, vestiam-se mais ou menos do mesmo modo, os dirigentes tinham roupas e adereços
diferenciados, o que os distinguia em posses e de forma simbólica. Esta distinção de alguns pelos
objetos consumidos estava de modo geral vinculada à função a estes atribuídas.
Novas necessidades criadas ao longo da história, acompanhando as conquistas humanas,
determinaram a existência de novos tipos de consumo, como o consumo coletivo. Com a criação das
cidades, por exemplo, tornaram-se necessárias obras de abastecimento público de água e
pavimentação de vias, entre outras, que foram construídas com destinação coletiva. Cabia às
autoridades daquela coletividade proceder à execução destas obras, mediante a cobrança de
impostos ou o trabalho coletivo.
Por longo período na história cada família fabricava ou trocava com vizinhos, ou em feiras, a maior
parte de seus utensílios domésticos; estes, por serem artesanais, eram mais ou menos personalizados.
Com a Revolução Industrial surgem os objetos de consumo de massa, porque surge a produção em
massa. Ao permitir o barateamento dos custos dos objetos, a industrialização aumentou a oferta e a
acessibilidade destes objetos a um número cada vez maior de famílias e indivíduos. A indústria, ao
permitir a produção em larga escala, fez com que idênticos copos de vidro ou alumínio, por
exemplo, passassem a ser vistos em todas as casas de pessoas de um mesmo padrão de renda.
O desenvolvimento tecnológico, que se acelerou depois da Revolução Industrial, renovou a
diferenciação de consumidores a partir da sofisticação técnica dos objetos de consumo. Se antes esta
diferenciação, reveladora de status, estava vinculada principalmente aos materiais de confecção do
objeto (algodão cru para a roupa dos pobres e seda para aquelas dos ricos, por exemplo), a
possibilidade de pagamento da inovação tecnológica inerente ao objeto também passou a ser uma
possibilidade a mais da diferenciação do consumo. Um relógio, realizado de forma artesanal, mas
com a mais alta tecnologia da época da sua invenção, era uma possibilidade de consumo para
poucos.
O que se viu ao longo do século XX foi um consumo cada vez maior de objetos por um número
cada vez maior de pessoas, o que foi aos poucos constituindo o que veio a se chamar de “sociedade
de consumo”. Isto coincide com a consolidação de uma classe média capaz de consumir uma
1
Doutora em Urbanismo pela Universidade Paris XII, professora de graduação da UNIFACS e da UNEB, professora e
pesquisadora sobre Economia Solidária no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Urbano da
UNIFACS e Coordenadora de Extensão Comunitária da mesma Universidade.
Page 2
quantidade crescente de objetos, situação que antes pertencia a uma categoria muito pequena de
pessoas, os nobres ou burgueses, proprietários de meios de produção – industriais ou comerciantes.
Nesta expressão “sociedade de consumo”, relativamente recente, está embutido também o
simbolismo exacerbado que o tipo de objeto consumido passou a ter, principalmente a partir do
século XX. O que era uma atividade principalmente vinculada à necessidade, passou a ter cada vez
mais uma conotação simbólica, sendo que em muitos casos hoje o simbolismo é maior que a função
utilitária original. Este fato tem determinado um poder cada vez maior à área de marketing, que
estabelece estas ligações simbólicas propulsoras do consumo.
Uma particularidade do modo de produção dominante da nossa época é a chamada “obsolescência
programada”, que consiste em fazer com que um produto tenha uma durabilidade reduzida para
implicar na sua substituição programada para um curto espaço de tempo – e os computadores e
telefones celulares são exemplos bem visíveis. A obsolescência programada, ao lado do desemprego
estrutural, que são inerentes ao modo de produção dominante, são exemplos destacados de uma
perversidade inata do sistema econômico-social que modela a sociedade em que vivemos. Nós, ao
consumirmos acriticamente, também ajudamos a sustentá-lo.
O barateamento dos produtos, a obsolescência programada e a função simbólica do consumo, bases
da “sociedade de consumo”, transformaram-se atualmente num grande problema para a
humanidade: desperdiça-se demais matéria prima e energia para criar objetos de consumo,
rapidamente descartados e com isto polui-se em demasia o planeta, ameaçando-se a já precária
estabilidade do meio ambiente. Alguns acontecimentos de 2004 e 2005, extremamente
mediatizados, como o tsunami e o furacão Katrina, podem ser uma amostra dos efeitos devastadores
das mudanças climáticas em curso que, em última instância, são decorrentes do modo de consumo
vigente no planeta.
A questão do consumo torna-se ainda mais importante quando se sabe que o número de
consumidores não cessa de aumentar. Países superpopulosos como a China e a Índia aumentam a
massa de consumidores a cada dia, e a luta contra a pobreza, que no Brasil começa a alcançar os
resultados recentemente divulgados pelo IBGE (redução da miséria em 8% em um ano) - que traz
tanto a comemorar - tem como conseqüência aumentar a massa de consumidores e o consumo de
energia e matéria prima. Nunca é demais relembrar, entretanto, que o consumo dos mais pobres é
muito diferente do consumo dos mais ricos. Enquanto os pobres gastam a maior parte dos seus
recursos com alimentos e despesas de sobrevivência básica, tendo menos desperdício e deixando
menos resíduos, os ricos, de modo geral, consomem muito e de modo mais perdulário, deixando um
montante de dejetos muitas vezes superior àquele produzido pelas populações pobres, muito mais
numerosas. Isto é válido para as pessoas, como é válido para os países, sendo a população
americana, por exemplo, que equivale a 5% da população do planeta, consumidora de 35% da
energia e produtora de cerca de um terço dos resíduos.
A discussão sobre o Consumo Consciente está vinculada ao quadro exposto acima. Se observarmos
de modo amplo o contexto em que vivemos, perceberemos que em cada gesto cotidiano de consumo
de cada um, joga-se o destino de todos. Neste tema, mais do que em qualquer outro, a fábula do
beija-flor que leva sua parte de água no bico para apagar o incêndio da floresta, fazendo aquilo que
está ao seu alcance para contribuir com o problema de todos, é significativa.
Se cada um de nós observa o quanto gasta em água, em energia elétrica e gasolina, em alimentos,
em roupas, em produtos de higiene e beleza, em papel, etc., pode identificar possibilidades de
diminuição deste consumo. O exemplo vivido por cada brasileiro durante a crise de energia elétrica
Page 3
em 2001 mostrou o quanto desperdiçávamos, e muitas famílias e indivíduos puderam usar o dinheiro
economizado na energia para outros fins, que lhes proporcionasse mais bem estar e prazer.
A forma de consumir também conta, e muito: observar a possibilidade de estar o mais perto possível
do produtor, para evitar o desperdício do custo da intermediação e permitir que o consumo gere
emprego e desenvolvimento nas proximidades; mudar o horário de trabalho, para aqueles que
podem, para evitar os engarrafamentos e a concentração da poluição do ar em momentos de pico;
identificar produtores que tenham respeito pelo meio ambiente e preocupações sociais e que não
visem o lucro a qualquer custo, tudo isto tem grande efeito e ainda mais se for seguido por muitas
pessoas. Se trocarmos a Coca-cola pela água de côco, por exemplo, deixaremos de enviar reais para
a matriz americana e estaremos investindo na Bahia e nos baianos, além de fazer bem ao nosso
corpo;
Claro que a transformação do modo de consumo individual e da comunidade precisa ter conexões
com a mudança das políticas públicas: a partir de um determinado momento, é preciso transformar o
entorno para que o consumo consciente tenha mais eficácia e não penalize demasiadamente aqueles
que estão optando por fazer sua parte. É necessário agir politicamente. Para evitar mais vezes o
transporte individual, os transportes coletivos precisam ser melhores. Para reciclar inteiramente o
lixo a partir da triagem feita em casa, a coleta precisa tornar-se seletiva e o encaminhamento dos
materiais para a reciclagem devem ser viabilizados. Para reutilizar inteiramente os papéis, as
impressoras precisam ser mais robustas e não dar defeitos quando se usa papel já anteriormente
impresso. A proposta do Consumo Consciente é uma proposta de engajamento cidadão, já que ela
vai implicando em cada vez mais transformações que vão ultrapassando aos poucos a escala
individual e alcançando toda a sociedade. Esta pode ser uma grande esperança.
Cada um de nós é portador desta esperança, já que está ao alcance de qualquer um, particularmente
dos mais ricos, rever sua forma de consumir. Reagir à manipulação que faz do impulso do consumo
uma busca de felicidade, chegando ao ponto da doença compulsiva. Discutir consigo mesmo e com
as pessoas que nos cercam, sobre o ato cotidiano de consumir é discutir, no fundo, o modo de
estruturação da sociedade, seus valores. Quando olhamos pro lado, poderemos ver que o sistema que
alimentamos ao sermos consumidores acríticos está se deteriorando na violência – irmã da
desigualdade e da fragilização da autoridade familiar – que atinge a todos. A desumanização das
relações sociais e a destruição do planeta não são problemas do futuro, são processos em andamento
com velocidade galopante. Cada um de nós pode ser portador de mudanças