Cassiano, Procurador Federal: um case motivacional

Toda grande vitória encerra uma importante lição. Pode ser a lição da Fúria que abdicou dos medalhões, pode ser a conquista do Cassiano que nos proporcionou o quê, afinal? Muitos parabéns esse jovem deve ter recebido, muitos elogios, mas que grande lição deixa gratuitamente aos seus amigos e conhecidos? Várias. Mas vejo uma, em especial.

Quem está abaixo da zona de conforto precisa lutar com garra e determinação para alcançar seus objetivos, razão que explica, pelo menos em parte, o porquê das segundas gerações não apresentarem a mesma garra das gerações antecedentes, já que desfrutam de um certo conforto.

Quem está na zona de conforto, o caso do Cassiano, tende a se acomodar ou não se empenhar com tanto ímpeto, segundo reza a tese.

Reside aí, pois, a grande lição desse rapaz: a zona de conforto que desfrutava foi também mais uma barreira a ser vencida. Fato que valoriza ainda mais seu triunfo. Restando comprovado que a tese não se aplica aos descendentes da estirpe dos gafanhotos.

Parabéns.

O brilho nos olhos do meu pai

Hoje, 31 de maio de 2010, 2 anos do adeus derradeiro de meu pai.



O brilho nos olhos de meu Pai

Lembro de nossas partidas de dama, trilha e sinuca.
Não trocaria um minuto, por nada nesse mundo.
Ele era um verdadeiro mestre nas coisas que fazia.
Eu pude ver o brilho nos seus olhos.
Tanto no serviço como no lazer seu esmero
era total.

Esse brilho que o tornava especial.

Sei hoje o valor desse brilho para a vida.

Bolero "Maurice Ravel " André Rieu

Liberdade

Aprender a não querer o que os outros querem
é enveredar para a busca da liberdade genuína
sem os condicionamentos a que estamos expostos.

Perguntar-se se o que queremos
é fruto do que os outros querem que queremos
ou se queremos por que os outros o querem,
põe-nos vigilantes diante as artimanhas,
as amarras,
a prisão inconsciente,

por que muitas vezes somos prisioneiros
enquanto temos certeza de sermos livres.

A busca pela liberdade é mais do que um lema,
é um estado.

Ideologias e sistemas escravizam,
excluem aquele olhar isento,

mas isso já é outra história.

Esse é o Felipe, o filho de minha irmã, a extrovertida Dete, componente

da estirpe dos GAFANHOTOS.

Forma-se em direito e segue feliz e determinado.

Desejamos sucesso e vida longa.

E, como bom gafanhoto, que venha a festa de formatura.

eihhhaaaa!

O jogador

Percebo, às vezes,

novos matizes da mesma cena,

da mesma vida,

dos mesmos momentos fugazes

que passei com

meu pai.

Pergunto-me,

quem de fato foi meu pai,

porque sua saga

me tocou tanto.

As respostas, sempre

diversas,

embalam a saudade,

alimentam meus dias,

orgulham meu nome.

Que foi feito dos nossos sonhos?

Na mediocridade de nosso dia-a-dia,
sufocamos os sonhos que alimentam nossa alma.

De utopia é que vivemos.

Nossas ilusões, pois, fazem-nos diferentes de zumbis que vagam
indiferentes pela vida.

Que foi feito de nossos sonhos?

Estamos vencidos pela inércia, a lei da física que
derrota as forças resignadas.

Já não lutamos. Somos engolidos pelo vácuo da crise
existencial.

Que foi feito dos nossos sonhos?

(10/05/09)

Níkolas, 14 anos.